O surfista chegou a pegar ondas em uma prancha que fabricou com um pedaço de isopor
“Meu primeiro contato com o surf foi na Praia do Coqueiro. Banhando com minha família, vi um pedaço de isopor bem grande, então eu o levei para casa, cortei, amarrei uma corda e pintei, fazendo assim uma prancha de bodyboard. Com algum tempo, meu pai viu o meu interesse e comprou para mim uma prancha de bodyboard de verdade!” – Ruymar Mendes.
Para muitos surfistas a ligação com o mar é o principal motivo para abraçar o surf. E para Ruymar Mendes não foi diferente. Nascido e criado na cidade de Parnaíba – PI, o surfista de 19 anos inicia sua conexão com o esporte por meio de seu pai e um intenso contato com a praia.
“Desde pequeno sempre fui muito a praia com ele. Vindo do Rio de Janeiro, sempre teve contato com esportes praieiros e quando veio morar aqui trouxe consigo essa bagagem. Manter fortes laços de amizade com surfista experientes foi importante para mim. Meu pai me jogava ao mar e dizia para observar os outros. Sempre que estava lá, seus amigos (que hoje são meus amigos também) me davam toques. Surfistas como Deodato Silva, Márcio Silva, Mauricio Calado, Neto China, Gilvan Fusca e outros me auxiliaram bastante”, revela Ruymar.
Na base e na crista da onda
Após pegar o espírito do esporte, Ruymar começou a treinar assiduamente, indo ao mar todos os dias. Em 2012 o atleta foi campeão de uma etapa no Circuito Piauiense de Surf, na praia Pedra do Sal. “Apesar de ser na categoria iniciante, foi bastante gratificante estar no pódio e sentir toda aquela energia”, diz o surfista.
Entretanto os obstáculos apareceram diante do atleta. Pouco tempo após a premiação, Ruymar teve sua prancha quebrada ao meio, o que resultou em um afastamento do esporte. Além disso uma crise de catapora o manteve mais meses longe do mar. “Foi difícil pôr o esporte no pé novamente. Atualmente sei que não estou no meu melhor momento, mas levo o surf como parte de mim, não apenas o surf em si, mas a praia, o mar e principalmente o céu e o sol ”, comenta.
A carência de equipamentos também limita o atleta a aprimorar suas habilidades no esporte. “A falta de investimento em prancha e equipamentos são fatores responsáveis por me manter pouco focado em competições e treinos intensivos. Então mantenho um surf um pouco instável, mas sempre no pé. Contudo em breve tenho planos de investir em equipamentos e voltar para os treinos!“, diz o atleta.
Ponto de Equilíbrio.
O surf mais do que um esporte é um estilo de vida, uma filosofia quase religiosa, que tanto atrai por unir o homem com a natureza. “É relaxante estar sentado na prancha, eu me desconecto da vida social, dos problemas. Descobri uma forte conexão minha com o mar, suas águas sagradas para mim que curam qualquer enfermo ou angústia. É meu remédio , meu refúgio, meu local de oração. Quando quero conversar com Deus não vou à igreja, vou ao mar!”, confessa Ruymar
Para o surfista, o mais marcante em sua pequena trajetória no surf, são boas ondas, executar boas manobras, cair no mar com os amigos e principalmente o pôr do sol. “É sempre perfeito está surfando na hora que o sol se põe e sair do mar para encontrar minha namorada na areia. Já vi o sol se pôr inúmeras vezes dentro do mar ou na praia e todos são únicos! Nunca a coloração ou formato das nuvens são iguais. Recebo aquele momento como o pagamento de Deus pelas minhas boas ações. Você sabe realmente o valor de um dia quando ver o nascer e o pôr do sol”, conta o surfista.
FONTE; PIAUÍ SURF
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