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sábado, 18 de abril de 2020

DOAÇÕES PARA COMBATE AO CORONAVÍRUS CHEGAM A R$ 3 BILHÕES NO BRASIL

Parte do dinheiro doado por Bill Gates, fundador da Microsoft, tem como destino os países pobres. Foto: Alex Mcbride / AFP
Valor estimado por Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), que monitora a filantropia brasileira, inclui colaborações de empresas e pessoas físicas
O Brasil nunca foi um país conhecido pela filantropia — no último ranking global, ficou em uma avara 67ª posição, muito atrás até de países mais pobres, como Paquistão, Sri Lanka e o vizinho Paraguai. Mas a pandemia global causada pelo novo coronavírus mostrou um lado bonito e solidário, em um país onde a resistência a doar é proporcional à desconfiança, muitas vezes infundada, em relação a segundas intenções de quem decide abrir os cofres por uma boa causa.
Nas contas da Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), que monitora a filantropia brasileira, a pandemia já movimentou R$ 3 bilhões em doações de empresas e pessoas físicas no país, um recorde. Ainda estamos em abril, e o número já representa tudo que havia sido doado em 2018 — e está longe do fim. “A expectativa é termos R$ 5 bilhões doados a projetos contra o vírus nos próximos dois meses”, disse João Paulo Vergueiro, diretor executivo da ABCR, que em maio lançará uma campanha on-line de arrecadação de recursos.
A mais vistosa dessas doações, mas longe de ser a única, veio do Itaú Unibanco, que anunciou nesta semana R$ 1 bilhão (e sem abater impostos) para combater a pandemia. O dinheiro irá para um fundo dedicado a equipar o Sistema Único de Saúde (SUS) que será gerido por estrelas da medicina brasileira, como Drauzio Varella, e representantes de dois dos principais hospitais de São Paulo: Paulo Chapchap, do Sírio-Libanês, e Sidney Klajner, do Albert Einstein.
Ainda no setor bancário, um consórcio de Bradesco, Itaú e Santander deverá aportar outros R$ 250 milhões na compra de 5 milhões de testes para Covid-19. O conglomerado Votorantim prometeu R$ 50 milhões a hospitais, quantia semelhante à doada pela gigante de alimentos BRF. Elie Horn, fundador da construtora Cyrela, e outros bilionários como Rubens Menin, da construtora MRV, e Eugênio Mattar, da locadora de veículos Localiza, criaram no fim de março um fundo emergencial para equipamentos hospitalares. A meta é levantar R$ 10 milhões.
The Good News corona Vírus / Época 

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