IMAGENS G1/PI
Segundo pesquisa, 92% dos casos poderiam ser evitados. Mães relatam problemas de infecção hospitalar durante após cirurgia cesariana.
O Piauí tem uma das três maiores taxas de mortalidade materna do país. Pacientes e médicos culpam a falta de estrutura e recursos para a saúde, já que 92% dos casos poderiam ser evitados.
Enquanto a média nacional em 2016 ficou 64 óbitos, no Piauí, a média foi de 108. No ano de 2014, a média foi de 86, número superior a estabelecida pela Organização Mundial da Saúde, que é de 20 óbitos.
A meta era diminuir até 2030 para 20 mortes maternas para cada 100 mil nascidos vivos, que é uma meta aceitável. É um absurdo, porque 92% das mortes maternas são evitáveis, ou seja, se fizesse o certo não iria acontecer", declarou a obstetra Lia Damásio, conselheira do Conselho Regional de Medicina (CRM).
Uma mãe, que preferiu não ser identificada, teve a filha no dia 1º de outubro, em uma cirurgia cesariana de urgência. No dia 8, ela precisou retornar a maternidade porque sentia muitas dores.
"No segundo dia que eu estava em casa, eu percebi um inchaço na cirurgia e uma vermelhidão. A minha recuperação foi péssima da cesárea, até então eu achava que era normal porque eu nunca tinha feito uma cirurgia, mas chegou a um ponto que eu não conseguia caminhar mais e precisava de ajuda para tudo", contou.
Um erro que poderia ter custado a vida dela e da filha. Além da demora na cirurgia, o documento de controle da paciente aponta que ela teve um parto normal, quando na verdade foi uma cesárea de urgência. E ainda 39 semanas de gestação, ao invés de 41.
"A gente percebe que é um grande descaso, porque tudo que acontece na maternidade, que gera certa preocupação na gente, pra eles é normal. Uma infecção é algo que pode acontecer, mas pra gente não, a gente sabe que é algo que pode ir para o sangue e pode levar a óbito", disse a mãe.
Fonte G1/PI
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